Seminário discute potencial de produção e uso de biogás e biometano para mobilidade

Evento ressaltou o protagonismo de SP na transformação de resíduos em energia limpa e renovável

Evento ressaltou o protagonismo de SP na transformação de resíduos em energia limpa e renovável

biogas-biometano

A descarbonização do setor de transportes a partir do uso do biometano em processos de logística e transporte foi um dos assuntos debatidos durante o seminário “Potencial de produção e uso de biogás e biometano para mobilidade no Estado de São Paulo” promovido pelo Governo de SP, por meio das secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e de Desenvolvimento Econômico, nesta terça-feira (17), em parceria com o Governo da Suécia.

Realizado na sede da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP), na capital, a abertura contou com a participação da embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen, do Cônsul Geral da Suécia em São Paulo, Renato Pacheco, e do secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, e de Patrick Johann Schindler, Chefe da Assessoria Internacional da Semil, representando a secretária Natália Resende.

O encontro destacou o enorme potencial de biocombustíveis no Brasil, considerado o maior do mundo, e o protagonismo de São Paulo em biogás e biometano, produzido a partir de resíduos de estação de tratamento de esgoto (ETE) e de aterro sanitário. Apontou, ainda, para a necessidade de construção de políticas públicas e regulação robustas na produção de biogás e biometano, em um cenário que o seminário amplificou.

“O alerta climático global nos convoca a explorar novas fontes de energias renováveis e nenhum país está melhor posicionado para essa transição do que o Brasil”, avaliou a embaixadora Karin Wallensteen.

A primeira parte do seminário contou, também, com a participação sueca. O líder do grupo de engenharia industrial da WSP e consultor e especialista, Ola Lloyd, apresentaram o estudo apoiado pela Swedfund, instituição financeira de desenvolvimento da Suécia, a respeito dos estudos de caso da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barueri e do Aterro Sanitário de Caieiras, municípios paulistas. Os estudos exemplificam a utilização da produção e o uso de biogás e biometano no transporte coletivo público, a partir do aproveitamento dos rejeitos.

Tanto o biogás, quanto o biometano, que também podem ser obtidos a partir dos resíduos do setor sucroenergético, são fontes renováveis de energia e representam uma parte importante na transição para uma economia paulista de baixo carbono. O estudo está alinhado com o Plano Estadual de Energia 2050, do Governo de SP, cuja ambição é alcançar emissões líquidas de carbono zero, contribuindo com os objetivos de uma reindustrialização.

“Temos o maior estado produtor e exportador de etanol, sabemos a quantidade de biocombustíveis e bioenergéticos que podem ser produzidos, em particular biogás e biometano”, afirmou o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz. “Pela primeira vez em muitos anos o Brasil está de fato diante de uma oportunidade de se reindustrializar agora com a transição verde e podemos liderar essa transição com os ingredientes”, acrescentou.

Oportunidades e desafios para o setor

O seminário contou, ainda, com um debate sobre as oportunidades e desafios do setor. O destaque se deu para a necessidade de fortalecimento das políticas públicas e da regulação para o desenvolvimento do mercado potencial de biometano no Estado de SP.

“A governança do setor de energia, que agora conta com o Conselho Estadual de Política Energética (CEPE), presidido pela Semil, será fundamental para avançarmos. No próximo dia 16/11, o colegiado irá se reunir para tratar, entre outras pautas, da criação do Comitê Técnico de Biometano, o qual subsidiará, de forma multidisciplinar, com a participação das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Parcerias em Investimentos, Agricultura e Abastecimento e Negócios Internacionais, as deliberações do CEPE buscando a melhoria do ambiente de negócios e a atração de investimentos em projetos de biometano”  ressaltou a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Barros.

A mesa redonda foi moderada por André Rebelo, Diretor Executivo de Gestão, Infraestrutura e Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e teve como debatedores Taimer Roitman, Gerente Executiva da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Paula Campos, Diretora Econômico-Regulatório da Associação Brasileira das Empresas de Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Rogério Manso, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGÁS), Renata Camargo, Gerente de Sustentabilidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia – Única, e Gustavo Bonini, Diretor Institucional da Scania.

Fonte: SEMIL

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