A batalha nacional contra a escassez de água nas fontes, levou os sistemas hídricos dos Estados Unidos a inovar e investir em ritmo acelerado. A Califórnia está se voluntariando, para fazer cortes recordes no consumo do rio Colorado, o Texas está desenvolvendo um projeto pioneiro de dessalinização e Las Vegas instituindo uma série de medidas de conservação sem precedentes.
A mais recente mudança pode ser encontrada no Colorado, onde os gestores de água estão explorando a adoção do reuso potável direto (DPR) para garantir o fornecimento de fontes de água.

Imagem: Water Online
“A agência de qualidade da água do Colorado, deu aprovação preliminar unânime para regular o reuso potável direto, o processo de tratar o esgoto e enviá-lo diretamente para as torneiras, sem inicialmente ser disperso em um corpo maior de água”, informou a Associated Press. “O estado se tornaria o primeiro a adotar regulamentos de reuso potável direto, de acordo com autoridades estaduais e federais.”
O reuso potável direto, também conhecido como reciclagem de efluentes ou, para desgosto de muitos gestores de água, do “banheiro a torneira” (“toalete to tap”), tem sido defendida há muito tempo pela indústria de tratamento, embora permaneça controversa entre os consumidores. Mas, à medida que a água potável no oeste do país esteja cada vez mais escassa, a prática está ganhando força em muitas comunidades.
“O processo, que normalmente envolve a desinfecção de efluentes com gás ozônio ou luz ultravioleta para remover vírus e bactérias, depois filtrá-lo através de membranas com poros microscópicos para remover sólidos e vestígios de contaminantes, está ganhando interesse à medida que as comunidades lidam com secas prolongadas”, segundo a Associated Press. “Embora muitos estados americanos não proíbam explicitamente esse tipo de reuso de água, o desenvolvimento de padrões estaduais pode incentivar uma adoção mais rápida”.
O Colorado exigirá que as comunidades que desejam expandir o reuso potável direto, demonstrem que podem fazê-lo com segurança e eficácia. E o estado parece estar ciente, de que grande parte da batalha deve ser vencida ao incentivar os consumidores a adotar a prática.
“Os efluentes destinados ao consumo, exigirão desinfecção e filtração, entre outras técnicas, todas destinadas a eliminar os patógenos como vírus e bactérias”, segundo o Colorado Springs Gazette. “E qualquer comunidade que pretenda adicionar efluentes tratados ao seu sistema de água potável, terá que estabelecer extensos programas de comunicação pública, para mostrar a população o seu processo e ajudar a educar os moradores sobre essa nova fonte de água.”
Com esses padrões em vigor, a expansão dessa prática em um estado assolado pela seca, poderia muito bem incentivar a expansão também no resto do país.

Autor: Peter Chawaga
Fonte: Water Online
Adaptado por Digital Water